Este trabalho apresenta uma reflexão teórica sobre o elemento urbano
graffiti como potencial meio de comunicação na produção de sentidos no
diálogo dos sujeitos no território das cidades. Com um ethos e linguagem
peculiares, o graffiteiro como emissor se apropria de elementos da técnica
que advém das artes tradicionais como a pintura para criar e expressar o seu
“eu” subjetivo cuja mensagem será (ou não) percebida e (re) interpretada de
diferentes maneiras, a partir do universo simbólico social do
observador/receptor/ fruidor. Por ser uma tendência pós-moderna, a
dificuldade de categorizar o graffiti a partir de suas características como
meio de expressão não desqualifica esta que é uma prática social
emancipatória, alternativa à comunicação tradicional, e que visa por meio de
sua atuação uma sociedade plural e democrática no âmbito do direito à
liberdade de expressão e pensamento.