O objetivo deste artigo é compreender como a Ação Integralista Brasileira (AIB) instrumentalizou a estética no âmbito de sua cultura política, e como o conjunto estético propagado contribuiu para criar um mecanismo de coesão tanto interna quanto externa ao movimento. Durante seu período de legalidade (1932-1937), a AIB alinhou-se aos demais movimentos fascistas da época ao desenvolver um conjunto estético que visava sensibilizar a população brasileira e conferir coerência a seu projeto político por meio de hábitos, devoções, sentimentos e afetos. Ao manipular símbolos, ritos e outras expressões, eles transferiam a atividade política para um campo simbólico das representações. Por isso, ao analisar os documentos que estruturam o conjunto estético integralista, acredita-se que essas expressões atuaram como uma ferramenta auxiliar em unificar e dar sentido ao movimento e ao seu projeto de renovação cultural, social e político, recrutando novos adeptos e difundindo o ideal da “Revolução Integral”.
The objective of this article is to understand how the Brazilian Integralist Action (AIB) utilized aesthetics within its political culture and how the propagated aesthetic set contributed to creating a mechanism of cohesion both internally and externally to the movement. During its period of legality (1932-1937), the AIB aligned itself with other fascist movements of the time by developing an aesthetic set that aimed to engage the Brazilian population and provide coherence to its political project through habits, devotions, feelings, and affections. By manipulating symbols, rituals, and other expressions, they transferred political activity to a symbolic field of representations. Therefore, by analyzing the documents that structure the integralist aesthetic set, it is believed that these expressions acted as an auxiliary tool in unifying and giving meaning to the movement and its project of cultural, social, and political renewal, recruiting new followers and disseminating the ideal of the "Integral Revolution."