O estudo apresentado neste artigo é parte da dissertação de mestrado,defendida pela autora em dois mil e vinte e três no PROGEPE/UNINOVE.Esta pesquisa tem como objeto de estudo o trabalho colaborativo na escola. Partindo desse princípio, buscou-se responder às seguintes indagações: O que os gestores entendem por trabalho colaborativo na escola? É possível desenvolver o trabalho colaborativo na escola? O trabalho que se desenvolve na escola pode ser considerado colabora-tivo? Se sim, de que modo ele se configura? Formulados os questionamentos, delimitou-se, como objetivo geral, investigar o que pensa a equipe gestora das escolas públicas da rede municipal de ensino de São Paulo sobre o trabalho colaborativo naquele ambiente. Como objetivo específico, de-finiu-se identificar elementos do trabalho colaborativo na atuação da equipe gestora e modo como ela o compreende na escola. Estabelecidos os objetivos, o estudo desenvolveu- se com base em uma abordagem qualitativa. Os instrumentos adotados foram: levantamento de teses e dissertações que tratam do tema trabalho colaborativo na escola, bem como de documentos que regem a rede de ensino do município de São Paulo; questionário e grupo focal como procedimento de coleta de informações, visando a conhecer a opinião dos sujeitos sobre o assunto. Como universo da pesquisa, selecionaram-se escolas de ensino fundamental e infantil da rede municipal de São Paulo. Os sujeitos, por sua vez, são membros pertencentes ao trio gestor (diretor, assistente de diretor e coordenador pedagógico) atuante na rede de ensino municipal de São Paulo, representados por 17 profissionais que responderam ao questionário e sete que participaram do grupo focal. Do ponto de vista teórico, a pesquisa se fundamenta sobretudo em Ball, Fullan e Hargreaves (2001) e Lima (2002). Acerca dos resultados, pode-se afirmar que, nas escolas gestadas pelas participantes do presente estudo, não há elementos colaborativos no trabalho dos gestores. Consequentemente, o trabalho colaborativo não é uma realidade no fazer cotidiano da equipe gestora da rede municipal de São Paulo, uma vez que a Rede Municipal (RME) não o conjectura. Logo, não forma nem subsidia o trio gestor; pelo contrário, sobrecarrega-os com tarefas e demandas, tais como controle da supervisão, avaliações externas e diretrizes..