A percepção das mães sobre o apoio paterno: influência na duração do aleitamento materno/ The maternal perception on paternal support: influence on the duration of breastfeeding

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

A percepção das mães sobre o apoio paterno: influência na duração do aleitamento materno/ The maternal perception on paternal support: influence on the duration of breastfeeding

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 3
Autores: P. P. Silva, R, B. Silveira, M. L. Mascarenhas, M. B. Silva, C. C. Kaufmann
Autor Correspondente: P. P. Silva | [email protected]

Palavras-chave: pai; aleitamento materno; epidemiologia; desmame; lactentes/ father; breast feeding; epidemiology; weaning; infants.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Estudo de coorte prospectiva dos bebês nascidos na
cidade de Pelotas entre setembro de 2002 e maio de 2003, com
o objetivo de avaliar a percepção das mães quanto ao apoio paterno
e sua influência na duração do aleitamento materno (AM).
Métodos: A população inicial do estudo foi de 2.741
bebês, sendo que uma amostra aleatória de 30% destes foi
acompanhada no 1º, 3º e 6º meses, baseada em cálculo amostral
com um nível de significância de 95% e poder estatístico
de 80% para detectar risco relativo de 2,0. Foram realizadas
análises univariada e multivariada, sendo que somente as
variáveis com p<0,05 foram consideradas associadas ao desfecho
de forma significante.
Resultados: Observou-se que no 1º mês aproximadamente
10% dos bebês não estavam em AM. A baixa escolaridade
paterna e a falta de participação do pai na amamentação foram
variáveis associadas ao desmame no 1º mês. No 3º mês,
constatou-se forte associação entre o desmame e a falta de apoio
paterno. O fato de a mãe não viver com o companheiro e a
menor escolaridade paterna foram variáveis também associadas
ao desfecho. Já no 6º mês, não foi encontrada associação entre
variáveis paternas e AM.
Conclusões: Este estudo pode servir de subsídio para
futuras políticas públicas em saúde, como também para in- centivo à inserção da figura paterna nas consultas pré-natais,
na atenção ao parto e no puerpério.



Resumo Inglês:

Objective: A cohort prospective study of newborns in
the city of Pelotas, Southern Brazil, between September
2002 and May 2003, which aims at evaluating the perception
of mothers as to fatherly support and its influence in
breastfeeding duration.
Methods: The initial population included 2,741 babies,
and a random and representative sample of 30% was
followed-up on the first, third, and sixth months, with a significance
level of 95% and statistical power of 80% to
detect a relative risk of 2.0. Univariate and multivariate
analyses were applied. Variables with p<0.05 were considered
as significantly associated with the outcome.
Results: In the first month, approximately 10% of
infants were not breastfed. Low paternal schooling and
lack of support during breastfeeding were associated with
weaning in the first month. In the third month, a strong
association between weaning and lack of paternal support
was verified. The fact that the mother no longer lived
with her partner and the number of years in school were
also associated with the outcome. In the sixth month,
no correlation was found between paternal variables and
breastfeeding.
Conclusions: The present study could be useful as a
reference to future public health policies as well as an incentive
to insert the paternal figure in the prenatal, labor, and
postdelivery care.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Estudio de cohorte prospectivo de los bebés
nacidos en la ciudad de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil),
entre septiembre de 2002 y mayo de 2003, con el objetivo de
evaluar la percepción de las madres respecto al apoyo paterno
y su influencia en la duración de la lactancia materna (LM).
Métodos: La población inicial del estudio fue de 2.741
bebés, siendo acompañada en el primero, tercero y sexto meses
una muestra aleatoria y representativa de 30% de éstos,
basada en cálculo muestral, con un nivel de significancia de
95% y poder estadístico de 80%, para detectar riesgo relativo
de 2,0. Se realizaron análisis uni y multivariados, siendo
que solamente las variables con p<0,05 fueron consideradas
asociadas al desfecho de modo estadísticamente significante.
Resultados: Se observó que, en el primer mes, un 10%
de los bebés no estaban en LM. La baja escolaridad paterna
y la falta de participación del padre en la amamantación
fueron asociadas al destete en el primer mes. En el tercer
mes, se constató fuerte asociación entre el destete y la falta
de apoyo paterno. El hecho de que la madre no vive con el
compañero y la menor escolaridad paterna fueron variables
también asociadas al desenlace. Ya en el sexto mes, no se
encontró asociación entre variables paternas y LM.
Conclusiones: Este estudio puede servir de subsidio
para futuras políticas públicas en salud, como también para
incentivo a la inserción de la figura paterna en las consultas
prenatales, en la atención al parto y en el puerperio.
Palabras clave: padre; lactancia materna; epidemiología;
destete; lactantes.