O objetivo deste estudo é analisar as concepções apresentadas pelos acadêmicos dos cursos da saúde da Universidade de Cruz Alta-Unicruz (Educação FÃsica, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição e Serviço Social) sobre o envelhecimento. Foram entrevistados 12 sujeitos, sendo dois alunos do último ano de cada curso, um do gênero feminino e um masculino, escolhidos aleatoriamente. A média de idade foi de 23,16 ± 3,04 anos. Foi realizada uma entrevista em profundidade, cujas informações foram gravadas e transcritas. Utilizou-se a técnica da análise de conteúdo, sendo realizada, primeiramente, uma leitura global das entrevistas e, após, a categorização e interpretação. Pôde-se perceber que as concepções que norteiam as ideias dos acadêmicos valorizam aspectos estéticos, havendo uma identificação do corpo como uma “máquinaâ€; logo, a velhice seria uma etapa de decadência do ser humano. Embora nos relatos surjam referências à “experiência†como aspecto positivo da velhice, os entrevistados se contradizem no discurso. Verificou-se também a forte presença do medo em envelhecer, representado nas falas por ideias de solidão, perdas, dependência e fragilidade. Além disso, a maioria dos estudantes não vislumbra a possibilidade de trabalhar com idosos, mesmo conscientes do atual contexto demográfico. Este quadro pode estar relacionado com o processo de formação dos acadêmicos, embora a concepção de mundo e de homem também tenha relação com outros aspectos.