Percepção dos profissionais atuantes nas UTI’s quanto à importância de condutas de saúde bucal

Revista Faculdade de Odontologia

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ISSN: 2318-843X
Editor Chefe: Alvaro Della Bona
Início Publicação: 10/04/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Odontologia

Percepção dos profissionais atuantes nas UTI’s quanto à importância de condutas de saúde bucal

Ano: 2019 | Volume: 24 | Número: 3
Autores: Diala Aretha de Sousa Feitosa, Helen Tayná Noca de Souza, Amanda de Macedo Alencar, Kalyne Morais de Oliveira, Italo Kennedy Silva Santos
Autor Correspondente: Helen Tayná Noca de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Odontologia. Unidade de Terapia Intensiva. Higienização bucal.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: a cavidade bucal é constituída de inúmeros microrganismos que favorecem o desenvolvimento

de doenças quando o paciente se encontra imunossuprimido. Considerando esse fato, surge o interesse em

avaliar as condições bucais de pacientes hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva. Objetivo: este

trabalho tem como objetivo avaliar a percepção dos profissionais atuantes nas UTIs dos principais hospitais

da região do Cariri do Ceará, quanto à importância das condutas de saúde bucal, o conhecimento dos pro-

fissionais sobre a associação da condição bucal e geral dos pacientes internos, analisar a existência de pro-

tocolos de higiene bucal para o paciente internado na UTI e justificar se há importância do cirurgião-dentista

neste ambiente. Materiais e método: para obtenção de dados, foi realizada uma pesquisa do tipo transversal,

na qual o instrumento para avaliação dos entrevistados foi um questionário constituído por 8 questões de

múltipla escolha e 7 discursivas, abordando conteúdos relacionados aos objetivos da pesquisa. Resultados:

de acordo com a análise de dados, foi observado que: a higienização bucal é realizada com antissépticos,

sendo a clorexidina, a substância mais utilizada. A frequência da descontaminação era realizada nos inter-

valos de 6 e 12 horas. A higienização da língua era realizada por meio do tracionamento e limpeza com

gaze, a mucosa não era higienizada. Não foi relatado o uso de saliva artificial e a realização de cursos de

capacitações. Considerações finais: foi concluído neste estudo que muitos dos profissionais deixam a desejar

na higienização bucal, visando apenas ao quadro de internação do paciente e, que, o dentista ainda não está

incluído nas equipes de saúde que atuam diretamente nessas unidades, sendo uma das causas de deficiências

nesses cuidados.

 



Resumo Inglês:

Introduction: The oral cavity consists of several

microorganisms that favor the development of

diseases when patients are immunosuppressed.

Therefore, there is an interest in assessing the oral

conditions of patients hospitalized in intensive care

units (ICU). Objective: This study aims to assess

the perception of professionals working in ICUs of

the main hospitals of Cariri (Ceará, Brazil) on the

importance of oral health conducts and the kno

-

wledge of professionals about the association of

oral and general conditions of inpatients. It also

analyzed the existence of oral hygiene protocols

for ICU patients and justified whether dentists are

important in such environment. Materials and me

-

thod: The data was obtained with a cross-sectional

research in which the instrument for assessing the

respondents was a questionnaire consisting of eight

multiple choice and seven discursive questions ad

-

dressing contents related to the objectives of the

study. Results: The data analysis showed that oral

hygiene is performed with antiseptics, and chlorhe

-

xidine is the most used substance. The frequency

of decontamination was performed at intervals of

6 and 12 hours. The tongue was cleaned using

traction and gauze, and mucosa was not cleaned.

The use of artificial saliva and the performance of

training courses were not reported. Final conside-

rations: This study concluded that many professio-

nals fall short in oral hygiene, only considering the

hospitalization condition of patients. Additionally,

dentists are not yet included in the health teams

working directly in intensive care units, which is

one of the causes of deficiencies in such service.