Introdução:A gravidez na adolescência representa um grave problema social e de saúde pública em muitos países do mundo. Objetivo:Identificar as percepções sobre os efeitos psicossociais da gravidez em adolescentes entre 14 e 19 anos, da área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Santarém,que engravidaram ou se tornaram mães, no período de outubro de 2013 e dezembro de 2014. Métodos:Foi realizado um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, junto a 22 adolescentes, sendo nove gestantes e treze mães, que representam 52% do total das adolescentes cadastradas na referida unidade. Para coleta do material foi utilizado um questionário semiestruturado. A análise dos dados foi feita pela técnica de análise temática de conteúdo. Resultados:Visualizamos os efeitos psicossociais negativos a partir do início da gravidez, ou seja, 82% das adolescentes não tinham a intenção de engravidar. Essa condição foi determinante para a interrupção dos estudos (45%), com prejuízos na formação educacional e, consequentemente na capacitação profissional. Observou-se ainda que houve mudanças significativas na vida social, com restrições a liberdade e as opções de lazer, que foram substituídas pelos afazeres domésticos e cuidados com o filho. Aproximadamente 23% dos companheiros não assumiram a paternidade. Conclusões:Nessa perspectiva, espera-se que estes achados contribuam para um planejamento e melhor delineamento das ações de saúde na USF Santarém, tornando-as mais adequadas e eficazes para os adolescentes.
Introduction:Adolescent pregnancy represents a serious social and public health problem in many countries of the world. Objective:To identify the perceptions about the psychosocial effects of pregnancy in adolescents between 14 and 19 years old, from the area covered by the Basic Health Unit of the Santarém Family who became pregnant or became mothers in the period of October 2013 and December 2014. Methods:A descriptive study with a qualitative approach was carried out with 22 adolescents, nine pregnant women and thirteen mothers, representing 52% of the total number of adolescents enrolled in this unit. A semi-structured questionnaire was used to collect the material. The analysis of the data was done by the thematic content analysis technique. Results:We visualized the negative psychosocial effects from the beginning of pregnancy, that is, 82% of the adolescents did not intend tobecome pregnant. This condition was determinant for the interruption of the studies (45%), with losses in the educational formation and, consequently, in the professional qualification. It was also observed that there were significant changes in social life, with restrictions on freedom and leisure options, which were replaced by household chores and child care. Approximately 23% of the companions did not assume paternity. Conclusions:From this perspective, it is expected that these findings will contribute to a better planning and design of health actions at USF Santarém, making them more adequate and effective for adolescents.