Este ensaio fotográfico registra elementos da natureza, objetos e edificações que compõem a paisagem do distrito de Paracatu de Baixo, em Mariana (Minas Gerais, Brasil), atingido em 2015 pelo derramamento de rejeitos minerários da Samarco, Vale e BHP Billi ton. O desastre daí decorrente significou uma série de afetações para as suas famílias, que hoje vivem em casas provisórias alugadas no centro urbano de Mariana enquanto aguardam a reconstrução de sua comunidade em outro terreno. As fotografias selecionadas para este ensaio aludem aos silêncios e às lembranças que agora participam do cenário de Paracatu de Baixo. Em uma escala aproximada, destaca as marcas da lama nos objetos, nas árvores, nas casas, na escola, na igreja, que juntos significavam a pertença das moradoras e moradores ao distrito e agora situam a comunidade na temporalidade do desastre.