“A teologia da libertação segue viva – e isto é muito importante –, e estou praticamente seguro disto, como um movimento irreversÃvel e que não vai ser desterrado jamais da Igreja latino-americana. Assim se expressava Juan Luis Segundo há mais de quarenta anos, nos primórdios da Teologia da Libertação (TdL). O que chama a atenção neste pronunciamento quase visceral, uma espécie de grito no Gólgota, é o fato de, desde seus inÃcios, a TdL se defrontar com crônicas que anunciavam sua morte ou a davam, de fato, como morta. Para esses cronistas, se trataria de uma teologia non nata, no sentido literal do termo. Parece que, nesse caso, decretar sua morte equivaleria a não reconhecer sua existência de fato e de direito. Em outras palavras, para não se deixar confrontar pela interpelação posta pela TdL, prefere-se decretar sua morte. Tal expediente acaba, paradoxalmente falando, confirmando a pertinência e a relevância da TdL.