Perfil de uso de antimicrobianos e suas interações medicamentosas em uma uti adulto do Rio Grande do Sul

Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção

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ISSN: 2238-3360
Editor Chefe: Lia Gonçalves Possuelo
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Perfil de uso de antimicrobianos e suas interações medicamentosas em uma uti adulto do Rio Grande do Sul

Ano: 2015 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: C. Neves, C. Colet
Autor Correspondente: C. Colet | [email protected]

Palavras-chave: anti-infecciosos, interações de medicamentos, unidade de terapia intensiva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Justificativa e objetivos: Em hospitais, especificamente nas UTIs, há uma maior possibilidade de seleção e disseminação de cepas microbianas resistentes, em função do uso excessivo de antimicrobianos e o não cumprimento do regime posológico. Com isso, o objetivo desse estudo foi de analisar os antibióticos utilizados, a indicação terapêutica, as interações medicamentosas em potencial, entre estes medicamentos e os demais utilizados pelos pacientes. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e descritivo em um hospital nível IV do Rio Grande do Sul, a partir de prescrições medicamentosas da Unidade de Terapia Intensiva do período de abril a maio de 2011, que receberam pelo menos um antimicrobiano durante o período de internação. Sendo que, todas as prescrições foram avaliadas todos os dias. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer consubstanciado número 154/2011. Resultados: A maioria (54%) dos pacientes era do sexo feminino. A média de idade foi de 61,8 anos. A maior parte dos pacientes (63%) tiveram alta da UTI. A média de medicamentos prescritos por paciente foi de 12,5 ± 3,6. Os antibióticos mais prescritos foram vancomicina, piperacilina+tazobactam e cefepime. Entre as possíveis interações, as de maior gravidade foram: Levofloxacino x Haloperidol e Levofloxacino x Insulina regular. Conclusão: Embora nem todas as interações medicamentosas possam ser prevenidas, a propagação do conhecimento entre os profissionais de saúde, através do profissional farmacêutico, quanto aos principais fatores de risco de interações medicamentosas, constitui um dos principais instrumentos de prevenção das interações medicamentosas.



Resumo Inglês:

Backgound and Objectives: In hospitals, especially in ICUs, there is a greater chance of selection and spread of antimicrobial resistant strains, due to the overuse of antibiotics and poor compliance with protocols. Therefore, the objective of this study was to analyze the antibiotics used, the indication, the treatment period, the identification of potential drug interactions between these drugs and others used by patients. Method: Sectional and descriptive study in a hospital level IV of Rio Grande do Sul, was conducted from drug prescriptions in the Intensive Care Unit for the period April-May 2011, who received at least one antibiotic during hospitalization. Since all the prescriptions were assessed every day. Results: The majority (54%) patients were female. The average age was 61.8 years. Most patients (63%) were discharged from the ICU. The average number of drugs prescribed per patient was 12.5 ± 3.6. The most commonly prescribed antibiotics were vancomycin, piperacillin + tazobactam and cefepime. Among the possible interactions, the most serious were: haloperidol and levofloxacin and levofloxacin x Regular insulin. Conclusions: Although not all drug interactions can be prevented, the spread of knowledge among health professionals through the pharmacist, as the main risk factors for drug interactions, is one of the main instruments for the prevention of drug interactions.