Introdução: O carcinoma de células escamosas de cavidade oral e orofaringe é uma neoplasia epitelial maligna comum, respondendo pela maioria dos casos de tumores de cabeça e pescoço. Ele está relacionado a hábitos comportamentais, como tabagismo e etilismo de longa duração, e à infecção pelo Papilomavírus humano. Objetivos: Esse estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com essa neoplasia na Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal a partir de dados presentes nos prontuários clínicos e laudos anatomopatológicos e no Sistema de Informações sobre Mortalidade no período entre 2006 a 2018. Os dados foram analisados a partir do Software R, utilizandoo teste de Wilcoxon-Mann-Whitney para as análises inferenciais e o método de Kaplan-Meier para análise da sobrevida. Resultados: 225 prontuários foram analisados, sendo 70,22% de homens, 65,33% na faixa etária entre 46-70 anos e cor branca (51,57%). Destes, 25,78% eram tabagistas e 39,11% tabagistas e etilistas. O principal tratamento identificado foi a associação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Observou-se que 49,10% dos óbitos foram em decorrência dessa neoplasia. O principal estádio patológico encontrado foi o quatro A (34,22%). Foi identificada maior sobrevida nos pacientes acima de 70 anos, cujo tratamento foi exclusivamente cirúrgico. Menor sobrevida foi identificada em indivíduos que tinham associação de hábitos (etilismo e tabagismo). Conclusões: Nossos resultados sugerem que a evolução à óbito foi o principal desfecho clínico e, isso pode estar relacionado aos hábitos comportamentais que influenciam diretamente o curso e prognóstico da doença. Ademais, destaca-se a importância do diagnóstico precoce a fim de reduzir óbitos e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos, assim como a necessidade de implementar políticas educativas sobre os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento dessa neoplasia.
Introduction: Squamous cell carcinoma of the oral cavity and oropharynx is a common malignant epithelial neoplasm, accounting for most cases of head and neck tumors. It is related to behavioral habits, such as long-standing smoking and alcoholism, as well as to the human Papillomavirus infection. Objectives: This study aimed at describing the epidemiological profile of the patients diagnosed with this neoplasm in the Mossoró League for Studying and Combating Cancer. Methodology: An observational study with a cross-sectional design was carried out based on data present in the medical records and anatomopathological reports and in the Mortality Information System during the 2006-2018 period. The data were analyzed using the R Software, resorting to the Wilcoxon-Mann-Whitneytest for the inferential analyses and to the Kaplan-Meier method for survival analysis. Results: 225 medical records were analyzed: 70.22% belonging to men, 65.33% aged between 46 and 70 years old and white-skinned (51.57%). Of these, 25.78% were smokers and 39.11% were smokers and alcoholics. The main treatment identified was the association of surgery, chemotherapy and radiotherapy. It was observed that 49.10% of the deaths were due to this neoplasm. The main pathological stage found wasfour A(34.22%).Longer survival was identified in patients over 70 years of age, whose treatment was exclusively surgical. Shorter survival was identified in individuals who had associated habits (alcoholism and smoking). Conclusions: Our results suggest that evolution to death was the main clinical outcome; this can be related to the behavioral habits that exert a direct influence on the course and prognosis of the disease. Furthermore, the importance of early diagnosis is highlighted in order to reduce the number of deaths and improve the individuals' quality of life, as well as the need to implement educational policies on the main risk factors associated with the development of this neoplasm.
Introducción: El carcinoma de células escamosas de la cavidad oral y la orofaringe es una neoplasia epitelial maligna común, que representa la mayoría de los casos de tumores de cabeza y cuello. Se relaciona con hábitos de comportamiento, como el tabaquismo y el alcoholismo, y la infección por el virus papiloma humano. Objetivos: Este estudio tuvo como objetivo describir el perfil epidemiológico de los pacientes diagnosticados con esta neoplasiaen la Liga Mossoroense de Estudios y Combate al Cáncer. Metodología: Se realizó un estudio observacional, transversal a partir de los datos presentes en las historias clínicas e informes patológicos y en el Sistema de Información de Mortalidad en el período 2006-2018. Los datos se analizaron mediante el Software R, con utilización de la Prueba de Wilcoxon-Mann-Whitney para análisis inferencial y el método de Kaplan-Meier para análisis de supervivencia. Resultados: Se analizaron 225 historias clínicas, 70,22% en hombres, 65,33% con edades entre 46-70 años y blancos (51,57%). De estos, 25,78% eran fumadores y 39,11% eran fumadores y alcohólicos. El principal tratamiento identificado fue la asociación de cirugía, quimioterapia y radioterapia. 49,10% de las muertes se debieron a esta neoplasia. El principal estadio patológico encontrado fue cuatro A (34,22%). Se identificó mayor sobrevida en pacientes mayores de 70 años, cuyo tratamiento fue exclusivamente quirúrgico. Se identificó una menor sobrevida en personas que tenían hábitos asociados. Conclusiones: Nuestros resultados sugieren que la evolución hacia la muerte fue el principal resultado clínico y esto puede estar relacionado con hábitos de comportamiento que influyen directamente en el curso y pronóstico de la enfermedad. Además, se destaca la importancia del diagnóstico precoz para reducir las muertes y mejorar la calidad de vida, así como la necesidad de implementar políticas educativas sobre los principales factores de riesgo asociados al desarrollo de esta neoplasia.