O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a produção de subjetividades dissidentes coletivas como ferramenta de resistência à violência como uma nova epistemologia. Ao levar em consideração as contribuições de Valencia (2016) diante do capitalismo como construção biointegrada e as noções de Mbembe (2011) sobre a necropolítica, pretende-se esboçar o fenômeno da performatose como rebate a gestão da violência e a atividade predatória dos corpos, condicionados em uma perspectiva entendida por Bento (2018) de necrobiopoder. Nesse sentido, o fenômeno se debruça sobre a necessidade fagocitária de reconstituir o tecido social necrosado através do planejamento de alianças que produzam outras formas de resistência e que desenvolvam uma agência legítima do ponto de vista geopolítico, ou seja, capazes de buscar espaços fora da asfixia gore.