Camões coloca perguntas sem respostas ao longo de toda a sua obra poética, sejam retóricas ou metafísicas. Por meio de um questionamento rigoroso e direto, essas perguntas iluminam o dilema existencial, o estado de espírito, o pensamento e os paradoxos da época de viagens marítimas, do desconcerto de um mundo deslocado e da futilidade de qualquer esperança de contentamento. Ao questionar a possibilidade da existência da poesia em terras estranhas, Camões reforça a necessidade de sua presença, dos seus ideais duradouros e da persistência do fazer poético.
Camões poses unanswered questions to the reader throughout his poetry, from rhetorical to metaphysical. His questions capture the existential predicament and paradox of his age, that of the world against itself, the disconcert of nature, and the futility of his hopes. By questioning the very nature and possibility of poetry in a world of exile, Camões confirms its irrepressible ideals and its persistence through the rigorous and unrelenting self-analysis of this direct questioning.