A PERMANÊNCIA DO PASSADO E A INEXISTÊNCIA DE UM PROJETO DE PAÍS

Artífices

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ISSN: 2676-010X
Editor Chefe: Wagner Vinhas Batista
Início Publicação: 14/12/2020
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia

A PERMANÊNCIA DO PASSADO E A INEXISTÊNCIA DE UM PROJETO DE PAÍS

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: S. R. Castilho
Autor Correspondente: S. R. Castilho | [email protected]

Palavras-chave: Brasil contemporâneo, Permanência do passado, Celso Furtado, Caio Prado Júnior

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo toma duas análises clássicas - feitas por Caio Prado Júnior (“A formação do Brasil contemporâneo” de 1943) e Celso Furtado (“Formação econômica do Brasil”, 1959) - para pensar a permanência do passado e as causas da inexistência de um projeto efetivo de emancipação do país. Os dois livros, não obstante suas diferenças, confluem para o mesmo diagnóstico de um modelo econômico e social voltado “para fora” (mesmo a formação de um “mercado interno”, a partir da década de 30 do século XX, não irá alterar tal direção geral), isto é, a Europa e, em seguida, os EUA. O Brasil atual possui muitos pontos de continuidade com aquele diagnóstico. Ao não atacar as causas profundas da permanência do passado – enormes desigualdades sociais, violência sistemática contra os pobres, os negros e as mulheres, desrespeito aos direitos dos povos originários, inexistência de serviços públicos universais, entre outros – estamos condenados a repetição do fracasso.



Resumo Inglês:

The article takes the analyzes made by Caio Prado Júnior (“A formação do Brasil contemporâneo”, 1943) and Celso Furtado (“Formação econômica do Brasil”, 1959) - to think about the permanence of the past the causes of the absence of an effective project for the emancipation of the country. The two books, despite their differences, converge to the same diagnosis of an economic and social model turned “outwards” (even the formation of an "internal market” from the thirties of the twentieth century will not change this general direction), that is, Europe and, later, the USA. Current Brazil has, as we will see, many points of continuity with that diagnosis. By failing to tackle the root causes of the permanence of the past - huge social inequalities, systematic violence against the poor, blacks and women, disrespect for the rights of indigenous peoples, lack of universal public services, among others - we are condemned to repeat failure.