No Paraná, a escravidão ocorreu nas regiões de ocupação mais antiga, a mão-de-obra escrava era utilizada no cultivo de erva mate ou na prática de pecuária. Onde a escravidão esteve presente, os quilombos surgiram e hoje esses territórios são denominados de Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs). Este artigo buscou entender a permanência e a resistência das CRQs no Paraná por meio de levantamento bibliográfico sobre o processo de escravidão no estado, a visão de quilombo enquanto um território, o contexto em que as CRQs surgiram e sua espacialidade atual e as estratégias de resistência das comunidades. Com isso, observou-se que a conquista de terras quilombolas é um processo contínuo de luta, e têm como obstáculos as ameaças ininterruptas de perdas de suas terras, em especial devido a expansão de culturas para exportação e de áreas de plantio de madeira de uso comercial.
In Paraná, a slavery occurred in the areas of older occupation, a slave labor was used in the cultivation of mate grass or in the practice of livestock. Where hidden slaveholdings are, quilombos have emerged and today are territories called Remaining Communities of Quilombos (CRQs). This article tries to understand the permanence and resistance of CRQs in Paraná through a bibliographical survey about the slavery process in the state, a quilombo view of a territory, the context in which CRQs emerged and their current spatiality and the strategies of resistance of the Communities With this, it was observed that a conquest of quilombola lands is a continuous process of struggle, and has as obstacles as uninterrupted threats of losses of their lands, especially due to the expansion of crops for export and areas of plantation of commercial use.
Au Paraná, l’esclavage s’est passé dans les régions d’occupation plus anciennes, la main d'oeuvre esclave était utilisé dans les plantations de yerba mate ou à la pratique de bétail. Où l’esclavage a été présente, les quilombos ont surgi et aujourd’hui sont appelés de Communautés Restant de Quilombos (CRQs). Cet article a cherché à comprendre la permanence et la résistance des CRQs au Paraná par moyen d’une recherche bibliographique à propos du processus d’esclavage dans l’état, la vision du quilombo comme un territoire, le contexte où les CRQ sont surgi et leur spatialité actuelle et les stratégies de résistance des communautés. Ainsi, on a observé que la conquête de terres quilombolas c’est un processus de lutte continue et a comme obstacle les menacés ininterrompues de pertes de leurs terres, surtout à cause de l’expansion des cultures pour l’exportation des zones de plantation de bois pour l’utilisation commerciale.