As Persistências Fanonianas no Século XXI

Revista Avesso: Pensamento, Memória e Sociedade

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ISSN: 2675-8253
Editor Chefe: Gustavo Ruiz da Silva
Início Publicação: 01/12/2020
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Multidisciplinar

As Persistências Fanonianas no Século XXI

Ano: 2021 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: G. Q. M. Cerqueira
Autor Correspondente: Greice Quelen Miranda Cerqueira | [email protected]

Palavras-chave: Filosofia, Fanon, Negritude, Filosofia, Contemporânea

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um dos maiores problemas, no que tange a população negra ainda hoje, é a fuga de sua historicidade para passar por um processo de afirmação e ser reconhecido pelo homem ou mulher branco e branca. O uso de máscaras, que disfarçam essas características, continuam a ser empregadas, sendo vistas como uma tentativa de aproximar-se de uma raça que muitas vezes se coloca numa posição de universalidade ontológica. Dito isso, o presente ensaio visa apresentar uma das problemáticas contida no livro Pele Negra, Máscaras Brancas de Frantz Fanon. Desse modo, aborda-se como conteúdo o conceito de reconhecimento, explanado pelo autor, como um contraponto a Hegel. Seguido por uma explanação de como o negro é colocado na zona do não-ser, por meio da falta desse reconhecimento que é universalizado pelo branco. Apresentando ainda de que maneira esse lugar não-ontológico ainda persiste no século XXI, com a permanência de instituições racistas e a dificuldade de ascensão social da pessoa preta. O que, por fim, conduz para as vias de solução que podem ser apresentadas: como a retirada da posição universal e a intersecção entre corpo e mente.



Resumo Inglês:

One of the biggest problems, regarding the black population even today, is the escape from its historicity to go through a process of affirmation and be recognized by white men or women. The use of masks, that dis-guise these characteristics, continue to be employed, being seen as an attempt to approach a race that often places itself in a position of ontological universality. That said, this essay aims to present one of the problems contained in the book Black Skin, White Masks by Frantz Fanon. Thus, the concept of recognition is addressed as content, explained by the author, as a counterpoint to Hegel. Followed by an explanation of how black is placed in the non-being zone, through the lack of this recognition that is universalized by white. Also showing how this non-ontological place still persists in the 21st century, with the permanence of racist institutions and the difficulty of black people’s social ascension Which, finally, leads to the solution paths that can be presented: as the withdrawal from the universal position and the intersection of body and mind.