Personagens femininas na animação contemporânea: um olhar a partir da teoria e da crítica feminista
Diálogo com a Economia Criativa
Personagens femininas na animação contemporânea: um olhar a partir da teoria e da crítica feminista
Autor Correspondente: Ana Paula Penkala | [email protected]
Palavras-chave: teoria feminista; animação; personagens femininas; representação
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente texto é parte de uma pesquisa mais ampla através da qual se busca um olhar sobre os produtos audiovisuais a partir da teoria, da crítica e, especificamente dos conceitos feministas. O artigo traz como recorte a articulação dos conceitos de público e privado e relacionados à mitologia do herói com as narrativas de Os Incríveis 2 e de Carros 3, mobilizando, para tanto, as noções sobre a construção política do gênero, a atualização das normas nas narrativas, a maneira como o patriarcado é sustentado por um sistemático reforço de “verdades” e “universalidades”. Sustentam essa abordagem as perspectivas de Susan Okin (2008), Flávia Biroli (2014) e Carole Pateman (1993) sobre os contratos sociais e sexuais; de Heleieth Saffioti (2015) sobre o próprio patriarcado; Simone de Beauvoir (1967) sobre a socialização feminina e a construção política da mulher; sobre o audiovisual como tecnologia de gênero em Teresa de Lauretis (1987) e os trabalhos de Joseph Campbel (1997), Carl Jung (2013) e Roland Barthes (1989) sobre os mitos enquanto discursos.
Resumo Inglês:
The present text is part of a broader research in which audiovisual products are analyzed from the perspective of feminist theory, criticism and specifically concepts. This article brings as a aproach the articulation of the concepts of public and private as well as concepts related to the hero mythology with the narratives of The Incredibles 2 and of Cars 3, mobilizing, for this, the notions on the political construction of the genre, the updating of the norms in the narratives, the way in which patriarchy is underpinned by a systematic reinforcement of “truths” and “universalities.” This approach is supported by the perspectives of Susan Okin (2008), Flávia Biroli (2014) and Carole Pateman (1993) on social and sexual contracts; by Heleieth Saffioti (2015) on patriarchy itself; Simone de Beauvoir (1967) on female socialization and the political construction of women; on the audiovisual as a technology of gender in Teresa de Lauretis (1987) and the works of Joseph Campbel (1997), Carl Jung (2013) and Roland Barthes (1989) on the myths as speeches.
