Objetivo: investigar a perspectiva da mulher sobre a realização e o acesso ao exame citopatológico em uma Estratégia Saúde da Família em um município
do norte de Minas Gerais. Método: trata-se de um estudo descritivo, qualitativo realizado com 12 mulheres com idade entre 25 e 58 anos. Os dados foram
coletados entre agosto e setembro de 2023 por meio de uma entrevista semiestruturada e analisados mediante Análise Temática. Resultados: indicaram
que as mulheres realizam o exame citopatológico anualmente e têm como motivação a prevenção de doenças, como o câncer de colo do útero, a fim de se
permitir ter um tratamento precoce. Foram apontados como dificuldades para realizar o exame preventivo a vergonha e o receio quanto à realização do
procedimento com um profissional do sexo masculino e o agendamento da consulta ginecológica para realizar o procedimento. Apesar das dificuldades, as
mulheres reconhecem a importância do exame e da necessidade de explicar sobre o exame antes da realização para deixar a mulher mais tranquila e segura.
Indicaram que a realização de ações educativas além de na Unidade de Saúde pode melhorar a adesão à realização do exame. Conclusão: é importante que
a atuação dos profissionais não se restrinja à Unidade de Saúde, mas também nas comunidades e nos outros espaços frequentados pelas mulheres, com a
realização de ações educativas como forma de motivá-las a realizar o exame e a necessidade de reorganizar os processos de trabalho da equipe para reduzir
a dificuldade de agendamento do exame
Objective: to investigate women's perspectives on carrying out and accessing the cytopathological examination in a Family Health Strategy in a municipality
in the north of Minas Gerais. Method: this is a descriptive, qualitative study carried out with 12 women aged between 25 and 58 years. Data were collected
between August and September 2023 from a semi-structured interview and analyzed using Thematic Analysis. Results: they indicated that women undergo
cytopathological examination annually and their motivation is to prevent diseases, such as cervical cancer, in order to allow themselves to have early
treatment. Difficulties in carrying out the preventive examination included shame and fear regarding carrying out the procedure with a male professional
and scheduling a gynecological consultation to carry out the procedure. Despite the difficulties, women recognize the importance of the exam and the need
to explain the exam before taking it to make the woman feel calmer and safer. They indicated that carrying out educational activities in addition to the
Health Unit can improve adherence to the exam. Conclusion: it is important that the work of professionals is not restricted to the Health Unit, but also in
communities and other spaces frequented by women, carrying out educational activities as a way of motivating them to carry out the exam and the need to
reorganize the team work processes to reduce the difficulty of scheduling the exam.
