Este artigo traz resultados de um estudo qualitativo com 117 trabalhadores/as e gestoras do SUAS do Rio Grande do Sul sobre a perspectiva de gênero na política de assistência social. As narrativas foram submetidas à análise de conteúdo. Os resultados apontam para o impacto negativo das estruturas precárias dos serviços socioassistenciais e a prevalênciade concepções e práticas tradicionais e conservadoras, tanto no que se refere à perspectiva de gênero quanto à própria Política de Assistência Social, o que implica na fragilidade do enfrentamento das desigualdades de gênero pelos serviços e também a reprodução da divisão sexual do trabalho.
This article presents the results of a qualitative study with 117 workers and managers of the SUAS of Rio Grande do Sul on the gender perspective in social welfare policy. The narratives were submitted to content analysis. The results point to the negative impact of the precarious structures of social services and the prevalence of traditional and conservativeconceptions and practices, both with regard to the gender perspective and to theSocial Welfare Policy itself, which implies a fragility in coping with inequalities and the reproduction of sexual division of labor.