O artigo aborda a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, analisando seus desafios, trajetória histórica e conexões com a Educação Popular e a Pedagogia Social. Historicamente, a EJA esteve à margem das políticas educacionais, marcada por campanhas de massa para redução do analfabetismo. Com a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases (1996), ela se consolidou como um direito básico essencial para a cidadania e justiça social, buscando superar o estigma associado ao analfabetismo. A articulação entre a EJA e a Educação Popular evidencia o papel político dessa modalidade como instrumento de emancipação social. A Educação Popular prioriza o diálogo, o respeito à diversidade e a valorização do conhecimento popular, posicionando-se como uma forma de resistência às desigualdades. Já a Pedagogia Social contribui com uma abordagem interdisciplinar para enfrentar problemas sociais, como pobreza e exclusão, fortalecendo a interação entre indivíduos e sociedade. O artigo destaca, ainda, a importância de valorizar as trajetórias de vida dos alunos da EJA, promovendo sua autoestima e autoconfiança. A diversidade dos participantes, muitas vezes vista como desafio, deve ser encarada como oportunidade de cultivar valores como solidariedade e respeito às diferenças, promovendo uma educação inclusiva e transformadora.