O presente artigo tem foco na pesquisa de tendências de moda realizada na indústria catarinense, relacionando com conceitos de colonialismo e eurocentrismo. Por meio de um questionário aplicado a estilistas e designers de moda, observou-se que estes têm a Europa como principal referência de pesquisa, mas que também valorizam a análise e o lançamento de tendências nacionais. Para entender este fenômeno, a revisão de literatura apresenta um apanhado histórico do surgimento das tendências de moda e da centralização da moda na Europa. Somado a isso, são estudados os conceitos de colonialismo e eurocentrismo, difundidos na América Latina por teóricos como Aníbal Quijano (2005) e Edgardo Lander (2005). O artigo busca pontuar as possíveis consequências da hegemonia da moda europeia na pesquisa de tendências realizada pela indústria catarinense, já que dessa forma expõe-se ao risco de perder autonomia e identidade na moda lançada pelo estado, tornando deficitário o quesito inovação e diferenciação de mercado.
This article focuses on the fashion trends’ researches made in the industry of Santa Catarina, relating to concepts of colonialism and Eurocentrism. Through a questionnaire applied to fashion designers, it was observed that they have Europe as their main research reference, but that they also value the analysis and forecasting of national trends. To understand this phenomenon, the literature review has a historical overview of the emergence of fashion trends and the centralization of fashion in Europe. In addition, the concepts of colonialism and Eurocentrism, disseminated in Latin America by authors such as Aníbal Quijano (2005) and Edgardo Lander (2005), are studied. The article seeks to point out the possible consequences of the hegemony of European fashion in the trend research carried out by the Santa Catarina industry, as there is a risk of losing autonomy and identity, making innovation and business value issue deficient.