A pesquisa em HIV/aids nas ciências sociais: uma análise das teses e dissertações brasileiras (1990-2018)

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A pesquisa em HIV/aids nas ciências sociais: uma análise das teses e dissertações brasileiras (1990-2018)

Ano: 2020 | Volume: 28 | Número: 55
Autores: Oliveira, Kris Herik de
Autor Correspondente: Kris Herik de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: HIV/AIDS, Pesquisa em ciências sociais, Estudo da arte, Análise de conteúdo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As contribuições das Ciências Sociais diante da epidemia de HIV/aids têm sido pouco examinadas no Brasil em termos quantitativos e qualitativos. Para experimentar aproximações junto ao “estado da arte” deste campo de pesquisas, o presente trabalho pretendeu mapear e analisar as teses e dissertações brasileiras em HIV/aids na área de Ciências Sociais. Através do levantamento bibliográfico no Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES foram identificadas 111 dissertações e 48 teses, abrangendo o período de 1990 a 2018. Análises de estatística descritiva e de conteúdo foram empregadas e discutidas acerca do volume, área do conhecimento, período, instituição, região, gênero, temas e metodologias. Dentre os resultados, destacam-se: o crescimento expressivo de estudos e o processo de diversificação do material empírico ao longo dos anos; as mulheres como as principais interlocutoras; práticas terapêuticas e de cuidado como temas menos frequentes; a carência de estudos junto à população negra, aos indígenas e às expressões de gênero e sexualidade em sua pluralidade; as instituições públicas de saúde, empresas e laboratórios como contextos pouco ou ainda não explorados. Ademais, o artigo atenta para as possibilidades de expansão de pesquisas com as novas biotecnologias e mídias digitais.



Resumo Inglês:

The contributions of Social Sciences to the HIV/AIDS epidemic has been insufficiently examined in Brazilian investigations. In order to experience approximations with the “state of the art” of this field of research, the present work intended to map and analyze the Brazilian theses and dissertations on HIV/AIDS in the area of Social Sciences. Through the bibliographical survey in the CAPES Thesis and Dissertations Catalog, 111 dissertations and 48 theses were identified, covering the period from 1990 to 2018. The descriptive statistics and content analysis were used and discussed according to volume, area of knowledge, period, institution, region, gender, themes and research methodologies. Among the results obtained, include: the expressive growth of studies and the process of diversification of empirical material over the years; women as the main interlocutors; therapeutic and care practices as less frequent themes; the gap of studies with the black people, the indigenous people and the expressions of gender and sexuality; public health institutions, companies and laboratories as contexts under or not explored. Furthermore, the article looks at the possibilities for expanding research with new biotechnologies and digital media.



Resumo Espanhol:

Las contribuciones de las Ciencias Sociales a la epidemia de VIH/SIDA han sido poco examinadas en Brasil en términos cuantitativos y cualitativos. Con el fin de experimentar aproximaciones con el “estado del arte” de este campo de investigación, el presente trabajo tuvo como objetivo mapear y analizar las tesis y disertaciones brasileñas en VIH/SIDA en el área de las Ciencias Sociales. Mediante la encuesta bibliográfica en el Catálogo de Tesis y Disertaciones de CAPES, se identificaron 111 disertaciones y 48 tesis, que abarcan el período de 1990 a 2018. Se utilizaron análisis de estadísticas descriptivas y contenido y se discutieron sobre el volumen, área de conocimiento, período, institución, región, género, temas y metodologías. Entre los resultados, destacan los siguientes: el crecimiento expresivo de los estudios y el proceso de diversificación del material empírico a lo largo de los años; las mujeres como principales interlocutores; prácticas terapéuticas y asistenciales como temas menos frecuentes; la falta de estudios con la población negra, los pueblos indígenas y las expresiones de género y sexualidad en su pluralidad; instituciones de salud pública, empresas y laboratorios como contextos poco o aún no explorados. Además, el artículo analiza las posibilidades de ampliar la investigación con nuevas biotecnologías y medios digitales.