O debate atual entre tomistas da visão da corrupção e da visão da sobrevivência gira em torno da interpretação mais adequada dos textos de Tomás acerca da persistência da pessoa depois da morte. O presente artigo critica ambas as visões e oferece uma nova interpretação de Tomás capaz de resolver o problema. No entanto, o principal escopo do artigo consiste em oferecer uma teoria alternativa à visão hilemórfica da pessoa, introduzindo um quadro teórico mais adequado e coerente para explicitar o status ontológico do ser humano e seu lugar no mundo. O resultado será a explicitação da teoria holístico-configuracional da pessoa da filosofia estrutural-sistemática que mostra como a configuração pessoal persiste depois da morte corporal por causa do seu local-intencional -sistemático no todo do Ser, determinado pelos fatos primos intencionalmente coextensivos com o Ser.