Pessoas, indivíduos e ciborgues: conexões e alargamentos teórico-metodológicos no diálogo entre antropologia e feminismo

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ISSN: 2595-315X
Editor Chefe: Maria Caroline Marmerolli Tresoldi
Início Publicação: 23/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Pessoas, indivíduos e ciborgues: conexões e alargamentos teórico-metodológicos no diálogo entre antropologia e feminismo

Ano: 2014 | Volume: 22 | Número: 44
Autores: Escoura, Michele
Autor Correspondente: Michele Escoura | [email protected]

Palavras-chave: Antropologia, Metodologia de pesquisa, Cultura, Sociedade, Feminismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O método comparativo durante muito tempo serviu de base para a discussão metodológica na Antropologia. A partir deste pano de fundo, Marilyn Strathern destacou- se como um nome fundamental no campo teórico e fez de suas etnografias na Melanésia uma chave de comparação e contraposição ao ocidente. Escrevendo no entremeio dos anos de 1980 e entre as críticas epistemológicas pós-modernas que abalaram os alicerces das Ciências Humanas, a antropóloga apoiou-se em um movimento teórico-metodológico que colocou em suspensão não só dados etnográficos, mas também conceitos fundantes da disciplina antropológica. Neste artigo retomamos o percurso metodológico de Marilyn Strathern para evidenciar suas estratégias de análise e os deslocamentos das noções de indivíduo e sociedade que ela provocou ao aproximar a antropologia e o feminismo. Ao mesmo tempo, buscamos colocar em prática seu exercício metodológico e ao trazer Donna Haraway e Judith Butler para o diálogo, buscamos evidenciar como as noções de conexões parciais, hibridismo e criação de ciborgues podem revelar expansões e alargamentos na própria teoria stratherniana. 



Resumo Inglês:

The comparative method have long served as the basis for the methodological discussion in anthropology. From this background, Marilyn Strathern stood out as a name in the theoretical field and made her ethnographies of Melanesia a key comparison and contrast to the West. Writing in between the 1980’s and between postmodern epistemological criticism that shook the foundations of the humanities, the anthropologist was based on a theoretical and methodological movement that placed in suspension not only ethnographic data, but also fundamental concepts of the discipline of anthropology. In this article we deal with the methodological approach of Marilyn Strathern to highlight her strategies of analysis and displacement of notions of ‘individual’ and ‘society’ she provoked when approaching anthropology and feminism. At the same time, sought to put into practice her methodological exercise and bring Donna Haraway and Judith Butler for dialogue, try to show how the notions of partial connections, hybridity and the creation of cyborgs can reveal expansions and enlargements in Strathernian theory.