O ponto de partida deste artigo é a observação intrigante de que Goodman defendeu um ponto de vista fenomenalista em suas obras epistemológicas, e fenomenalista em suas obras sobre estética. Na verdade, seria certamente mais preciso dizer que seu foco era antifisicalista em epistemologia e antifenomenalista na estética. De qualquer maneira, a maioria dos interpretadores teria, espontaneamente, esperado a escolha oposta, de fato mais consistente com as posições tomadas pelos representantes dessas áreas. Contudo, a estratégia de Goodman não é arbitrária, tendo raÃzes profundas no contexto geral da filosofia no século XX e, em compensação, contribui para esclareces algumas de suas caracterÃsticas e motivação.
The starting point of this paper is the intriguing observation that Goodman has defended a phenomenalist point of view in his epistemological works and a physicalist one in aesthetics. In fact, it would certainly be more accurate to say that his focus was anti-physicalist in epistemology and anti phenomenalist in aesthetics. In any case a majority of interpreters would spontaneously have waited for a diametrically opposite choice, more consistent indeed with the positions taken by the representatives in these fields. Yet Goodman’s strategy is not arbitrary, it has deep roots in the general context of the philosophy in the twentieth century and in return contributes to clarify some of its features and motivation.