A importância da trajetória de Philip Meyer para os estudos de jornalismo é o ponto principal desta entrevista. Ele é o criador do Jornalismo de Precisão, conceito que aproxima o jornalismo da ciência por meio de métodos científicos sociais, e que, também, dá nome a um de seus livros, publicado pela primeira vez em 1973. Ainda que o Jornalismo de Precisão não demande, necessariamente, o uso de computadores, Meyer começou a trabalhar com as máquinas antes de sua popularização, nos protestos de Detroit, em 1967, depois de passar nove meses na Universidade de Harvard. Utilizando amostra na narrativa jornalística, Meyer e a equipe do jornal Detroit Free Press receberam um Prêmio Pulitzer um ano depois. O Jornalismo de Precisão ainda é um conceito utilizado, mas hoje mais associado ao jornalismo de dados. Nessa entrevista, respondida por email, Meyer não só relembra aspectos de sua carreira e fala sobre a prática jornalística, como o uso de dados, transparência e hipótese, bem como revela suas percepções sobre o futuro do jornalismo.
The value of Philip Meyer’s trajectory for journalism studies is the main point of this interview. He created the concept called Precision Journalism, which brings journalism close to science through social research methods, and is also the name of a book published for the first time in 1973. Although Precision Journalism doesn’t necessarily require the use of computers, Meyer started to work with them before their popularization, during Detroit’s riots in 1967, after spending nine months at Harvard University. By using sample in the journalistic narrative, Meyer and Detroit Free Press staff won a Pulitzer Prize one year later. Precision Journalism is a concept still used, but nowadays is more associated to data journalism. In this interview, answered by e-mail, Meyer not only remembers his career and talks about journalism practice, like the use of data, hypothesis and transparency, but also reveals his perceptions about journalism in the future