O artigo discute iniciativas em que os debates de gênero existem e divergem dentro de organizações populares anticapitalistas. Apresenta como objetos de análise o pink bloc e o black bloc como táticas políticas e práticas cênicas - como o uso de máscaras, gestos, coralidades e cenografias – que auferem o modo como o teatro pode contribuir para a estruturação de organizações e movimentos sociais. Os objetivos do artigo são os de desmascarar a criminalização destas experiências coletivas e mostrar usos da imaginação estética em movimentos de periferia contra as políticas públicas de Estados autodenominados democráticos.
The article discusses initiatives in which gender debates exist and diverge within popular anti-capitalist organizations. It presents, as objects of analysis, the pink bloc and the black bloc as political tactics and scenic practices - such as the use of masks, gestures, choruses and scenographies - that capture how the theater can contribute to the structuring of organizations and social movements. The objectives of the article are to unmask the criminalization of these collective experiences and to show uses of the aesthetic imagination in peripheral movements against the public policies of self-described democratic states.