Este artigo tem como objetivo versar sobre a dimensão polÃtica da Plaza de Mayo, localizada na capital argentina. Esta praça, que se constituiu não só em torno do governo local, mas também de um centro financeiro e religioso, foi historicamente expressão de diversas ações cÃvicas e coletivas. Buscamos compreender, a partir do processo anterior à ocupação deste espaço, sua concepção e reafirmação como essencialmente polÃtico. Este espaço atualiza o sentido de poder na sociedade argentina e, portanto, não está alheio à s disputas polÃticas que se efetivam no espaço público e nele se materializam. Para compreender as transformações deste espaço como intencionais escolhemos o Proyecto Orgánico de Urbanización de Buenos Aires elaborado entre 1923 e 1925 que incorporou o tema dos espaços públicos como um dos instrumentos de reforma urbana privilegiados realizando a articulação planificada de diversos centros cÃvicos como a Plaza de Mayo. Este documento sintetizou uma intensa negociação entre diversos setores sobre a maneira de pensar a cidade já que posições foram debatidas e enfrentadas constantemente. Tais embates deixam claro que o espaço urbano se configura a partir destas disputas e que é em resposta à s próprias mudanças polÃticas que a sociedade e a cidade vão se delineando.
This article aims to discuss the political dimension of Plaza de Mayo, placed in the capital of Argentina. This square, which has been constituted not only around the local government, but also around a financial center and a religious one, has been the expression of several civic and group actions throughout history. We try to comprehend, from the previous process of this space’s occupation, its conception and reaffirmation as essentially political. This space updates the meaning of power in Argentina and, therefore, is not free from the political struggles that happen in the public space and materialize in it. To understand the transformations of this place as intentional ones, we chose the Proyecto Orgánico de Urbanización de Buenos Aires, made between 1923 and 1925, which has gathered the topic of the public spaces as some of the special tools for urban reformation, joining different civic centers, such as Plaza de Mayo. This document has represented an intense negotiation between several parts on how to think about the city, since some points of view have been debated and confronted constantly. Such struggles show that the urban space is fashioned around and through these disputes and that it is in response to the political changes that the city and the society shape themselves.