PLANEJAMENTO FAMILIAR DE MULHERES PORTADORAS DE HIV/AIDS

Reme-Revista Mineira de Enfermagem

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ISSN: 1415-2762
Editor Chefe: Adelaide de Mattia Rocha
Início Publicação: 30/11/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Enfermagem

PLANEJAMENTO FAMILIAR DE MULHERES PORTADORAS DE HIV/AIDS

Ano: 2011 | Volume: 15 | Número: 3
Autores: Danielle Rosa Evangelista, Escolástica Rejane Ferreira Moura
Autor Correspondente: Danielle Rosa Evangelista | [email protected]

Palavras-chave: Planejamento Familiar, Mulheres, HIV, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Estudo transversal, de campo, realizado com 51 mulheres em acompanhamento ambulatorial para DST/HIV/aids de hospital de ensino de Fortaleza-CE. Objetivou-se com a pesquisa verificar a história reprodutiva de mulheres com HIV/AIDS, identificar motivos que determinam o desejo dessas mulheres em ter ou não ter filhos e verificar suas práticas contraceptivas. Os dados foram coletados por meio de entrevista, de julho a outubro de 2007. Das participantes 40 (78,4%) eram mães; 28 (70%) delas tiveram os filhos antes do diagnóstico de HIV/aids e 12 (30%) tiveram o diagnóstico no pré-natal. Medo de a criança nascer com HIV, morrer e deixar o filho órfão, preconceitos vivenciados e cuidados pré-natais adicionais foram motivos para 45 (88%) das mulheres não desejarem ter filho(s). A possibilidade de o filho nascer sadio, aumentar a prole, desejo de paternidade do companheiro e fé em Deus que protege a criança do HIV foram os motivos apresentados pelas 6 (12) que desejavam ter filho(s). Quanto às práticas contraceptivas, 29 (56,8%) usavam condom; 15 (29,4%) optaram pela abstinência sexual, 14 (27,4%) estavam laqueadas, 6 (11,7%) usavam anticoncepcional hormonal, alheias à interação medicamentosa com os antirretrovirais. O fato de o planejamento familiar de portadoras de HIV/aids passar pelo desejo em ter e não ter filhos, parte dos diagnósticos de HIV/aids ser tardia, ou seja, somente no pré-natal, a não adesão ao condom e uso de anticoncepcional hormonal, alheio a interação medicamentosa com antirretrovirais foram lacunas inaceitáveis verificadas na saúde sexual e reprodutiva do grupo estudado, que exige melhor qualidade da atenção nessa área do cuidado.
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