Plantas relatadas como tóxicas para ruminantes no semiárido nordestino

Revista de Ciências Agroveterinárias

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ISSN: 2238-1171
Editor Chefe: Veraldo Liesenberg
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias

Plantas relatadas como tóxicas para ruminantes no semiárido nordestino

Ano: 2019 | Volume: 18 | Número: 2
Autores: José Jailson Lima Bezerra & Vivyanne Santos Falcão-Silva.
Autor Correspondente: Vivyanne Santos Falcão-Silva | [email protected]

Palavras-chave: animais de produção, intoxicações por plantas, semiárido brasileiro.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao longo dos anos as intoxicações por plantas têm causado prejuízos significativos para os criadores de ruminantes de várias regiões do Brasil, afetando de forma direta o setor pecuário do país. Desta forma, objetivou-se realizar um levantamento com produtores, médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas sobre as principais plantas que causam intoxicações em ruminantes no Curimataú Paraibano. O presente trabalho foi realizado em cinco municípios da microrregião do Curimataú Ocidental Paraibano, incluindo Barra de Santa Rosa, Cuité, Damião, Nova Floresta e Sossego. As entrevistas foram realizadas por meio de três formulários estruturados, contendo indagações específicas sobre casos de intoxicações identificados na referida microrregião. Para a realização desta pesquisa, foram entrevistados 30 participantes (6 representantes de cada município) entre os meses de junho e outubro de 2016. A partir dos dados obtidos por meio das entrevistas, verificou-se que as principais plantas comprovadamente tóxicas do Curimataú Ocidental Paraibano, segundo os entrevistados, foram: Anadenanthera colubrina, Mascagnia rigida, Prosopis juliflora e Manihot glaziovii. Muitos entrevistados demonstram não conhecer o princípio tóxico de outras plantas presentes na região e citadas na literatura como responsáveis por intoxicações em ruminantes, tais como: Mimosa tenuiflora, Crotalaria retusa e a Solanum paniculatum. As plantas Physalis angulata e Ricinus communis foram mencionadas como tóxicas, mas estudos toxicológicos devem ser realizados para comprovar a toxicidade das mesmas. Tais resultados demonstram que são necessárias medidas profiláticas eficazes nas propriedades rurais, evitando, assim, a ocorrência de surtos e mortes de ruminantes.



Resumo Inglês:

Over the years the plant poisonings have caused significant losses to ruminant producers from various Brazilian regions, affecting the livestock sector in the country. Thus, this study aims to conduct a survey with producers, veterinarians, zootechnists, agronomists and agricultural technicians about the major plants poisoning ruminants in the Curimataú Paraibano. This study was conducted in five cities in the Curimataú Ocidental Paraibano, including Barra de Santa Rosa, Cuité, Damião, Nova Floresta and Sossego. The interviews were conducted through three structured forms, containing specific questions about poisoning cases identified in the microregion cited. To carry out this survey, a total of 30 participants were interviewed (six representatives from each city) between June and October 2016. From the data obtained from the interviews, one found the main toxic plants in Curimataú Ocidental Paraibano, from the viewpoint of those interviewed, were: Anadenanthera colubrina, Mascagnia rigida, Prosopis juliflora, and Manihot glaziovii. Many interviewees demonstrate they don't know the toxic principle of other plants present in the region and cited in the literature as responsible for poisoning in ruminants, such as: Mimosa tenuiflora, Crotalaria retusa and Solanum paniculatum. The plants Physalis angulata and Ricinus communis were mentioned as toxic, but new experiments must be carried out to prove their toxicity. These results show effective prophylactic measures are necessary in rural properties, thus preventing the occurrence of outbreaks and deaths of ruminants.