A plasmação da memória em palimpsesto: (Auto)biografia e arquivo em "A Misteriosa chama da Rainha Loana", de Umberto Eco

Guavira Letras

Endereço:
Avenida Ranulpho Marques Leal, 3484 - Distrito Industrial II
Três Lagoas / MS
79613-000
Site: http://www.guaviraletras.ufms.br
Telefone: (67) 3509-3701
ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

A plasmação da memória em palimpsesto: (Auto)biografia e arquivo em "A Misteriosa chama da Rainha Loana", de Umberto Eco

Ano: 2013 | Volume: 9 | Número: 17
Autores: Lilian Reichert Coelho
Autor Correspondente: L. R. Coelho | [email protected]

Palavras-chave: memória, literatura contemporânea, cultura impressa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apresenta-se uma leitura do romance-ensaio de Umberto Eco, A Misteriosa chama da Rainha Loana (2005), pelo viés conceitual do arquivo, tal como proposto por Jacques Derrida (2001). A reflexão orienta-se pelo questionamento sobre as potencialidades da “memória de papel” onde o personagem-narrador entende poder reconstituir a memória autobiográfica perdida após um acidente. Para tanto, analisase, sobremaneira, os modos como Eco força, em dobra, a instituição literária, confrontando-a/homenageando-a a partir da sua materialidade (impressa) e da sua convivência com outros artefatos culturais impressos, que, na contemporaneidade, tanto lhe dão sustentação quanto lhe retiram do lugar instituído. O esforço empreendido também aponta, ainda que lateralmente, sempre com o romance em foco, o (auto)biográfico como um dos traços constitutivos da cultura e da arte contemporâneas, seja na produção literária, seja na audiovisual.



Resumo Inglês:

It presents a reading of the novel-essay by Umberto Eco, The mysterious flame of Queen Loana (2005), through the conceptual bias of the archive, such as proposed by Jacques Derrida (2001). The reflection is guided by the question about the potential of the “memory of paper” where the character-narrator believes he can rebuild the autobiographical memory lost after an accident. For this end, we analyze the ways Eco compels, in the hinge, the literary institution, confronting it/paying tribute to it from its materiality (printed) and its coexistence with other cultural printed artifacts, that in contemporary times, both support it as remove it from the legitimized place. The effort also points, albeit in the sideways, always with the focus on the novel, the (auto)biographical as one of the most significant features of contemporary culture and art, in literary and/or in audiovisual productions.