Este texto dá continuidade a uma pesquisa que desenvolvo, sobre a memória e nomadismo da
canção. Procurarei destacar os chamados ‘standards’ e os ‘remakes’ de obras já consagradas. Para
além do arranjo (instrumental), os ‘remakes podem ser encarados como (re)composição, ou
meramente uma adaptação a um padrão da moda. No caso dos ‘standards’, pode-se considerar que
suas versões fonofixadas funcionem como novas matrizes, convertendo-se em novos paradigmas
para a criação musical. Ainda que não seja possÃvel chegar a conclusões definitivas, permito-me
problematizar o tema, posto que o fenômeno das regravações de antigos sucessos, embora
permanente, parece vir aumentando, substancialmente, nos últimos anos. Por que as canções
atravessam o tempo, mantendo-se na memória? Como e porque elas são eleitas? Para tanto,
tomarei, como campo de análise, as canções standard e da Bossa Nova.
This text gives continuity to my research in progress, concerning memory and nomadism in song. I
will try to present and comment some aspects of so-called 'standards' and 'remakes', from media
song repertoire. I should stress that besides the arrangement, ‘remakes†may be considered either a
kind of (re)composition process, or even a mere adaptation of a ‘fashionable’ pattern. In standards’
situation, we could consider ‘phono-fixed’ versions function as new patterns, converting into new
paradigms for musical creation. Although it is not possible to reach definitive conclusions, I would
like to emphasize the importance of this subject, since the phenomenon of new recordings of old hits
seems to be substantially increasing, last years. I would try to point out questions such as: Why do
certain songs cross time remaining in memory? How are the criteria that select the ones that should
