As poéticas orais de Maria nos limiares de Taperaçu - Campo - Video etnográfico

Nova Revista Amazônica

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ISSN: 2318-1346
Editor Chefe: César Augusto Martins de Souza
Início Publicação: 01/01/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

As poéticas orais de Maria nos limiares de Taperaçu - Campo - Video etnográfico

Ano: 2017 | Volume: 5 | Número: 3
Autores: Fernando Alves da Silva Júnior, Aline Costa da Silva
Autor Correspondente: F. A. Silva Júnior | [email protected]

Palavras-chave: poética oral, Maria do Bairro, limiar, Matinta, Lobisomem.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Maria do Bairro é uma pajé. Figura limiar por excelência e por alguns motivos. Primeiro por não se enquadrar nos padrões heteronormativos, não responder ao binarismo masculino/feminino, algo similar ao que propõe Judith Butler em seu Problemas de gênero (2013). Segundo por ter escolhido um lugar que está no entremeio de duas comunidades, Acarpará e Tamatateua. Terceiro porque para a própria condição de pajé1 estar no entremeio é uma prerrogativa para aquele que consegue ver o que os olhos comuns não enxergam. O que Maria vê compõe suas poéticas orais e nelas as histórias da Matinta e do Lobisomem são narradas, dando-nos saber, com evento e performance, as vivências da encantada de Taperaçu-Campo e suas experiências limiares com a mitopoética amazônica.



Resumo Inglês:

Maria do Bairro is a shaman. It is a threshold figure par excellence and for some reasons. First, it does not fit the heteronormative patterns, it does not respond to male / female binarism, something similar to what Judith Butler proposes in her Gender Problems (2013).Second, he chose a place that is in the middle of two communities, Acarpará and Tamatateua. Third, because for the very condition of the shaman being in the middle is a prerogative for one who can see what ordinary eyes do not see. What Maria sees composes her oral poetics and in them the stories of the Matinta and the Werewolf are narrated, giving us to know, with event and performance, the experiences of the enchanted one of Taperaçu-Campo and its threshold experiences with the Amazonian mythopoetics