Pode o subalterno ser representado? um recorte analítico do cinema brasileiro

Proa

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ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Pode o subalterno ser representado? um recorte analítico do cinema brasileiro

Ano: 2019 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: Damásio, Kevin Luís, Boró, Simone
Autor Correspondente: Kevin Luís Damásio | [email protected]

Palavras-chave: Subalterno, Representação, Cinema nacional, Marginal

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio aborda o questionamento de Spivak – “Pode o subalterno falar?”, dispondo uma demanda precedente – “Pode o subalterno ser representado?”. Para tanto, analisa-se três filmes brasileiros – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha; O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla; e Jogo Duro (1985), de Ugo Giorgetti, investigando-se uma inversão representativa das narrativas e uma mudança da hierarquia dos gêneros. Como método, dialoga-se esses longa-metragens com interlocutores sociológicos, como Bakhtin, Bourdieu e Collins, sob o intuito de aprofundamento das questões dispostas para a representação da subalternidade. Sob nossa hipótese, estes filmes materializariam a pré-existência do elemento representativo para a conseguinte interposição do elemento de arguição, podendo atuar como instrumentos de agenciamento político, ainda que bloqueado o pleno acesso ao direito legítimo da fala.