POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA, PAISAGEM E MEMÓRIA

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ISSN: 1026267
Editor Chefe: Maria Cristina Leandro
Início Publicação: 29/02/1956
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Linguística

POESIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA, PAISAGEM E MEMÓRIA

Ano: 2016 | Volume: 31 | Número: 61
Autores: Maria Luiza Berwanger da Silva
Autor Correspondente: SILVA, M. L. B. | [email protected]

Palavras-chave: paisagem; pensamento; subjetividade; memória

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Com base na reflexão teórica de Michel Collot sobre os estudos da Paisagem, este artigo evidencia a eficácia do “pensamento-paisagem” para a produção de cruzamentos, hibridismos e trânsitos operados pela relação: literatura e outras linguagens. Nesse sentido, examina fragmentos da poesia brasileira contemporânea de José Horácio Costa, de Haroldo de Campos, de Ana Cristina César, de Manoel de Barros, de Adélia Prado e de Marcos Siscar, nos quais verifica a produtividade de dois eixos articuladores do “pensamento-paisagem”: o da percepção, como redescoberta de espaços enigmáticos do sujeito, e o da paisagem, como substituição da representação pela experiência paisagística da presença. Conclui-se que, uma vez postos em intersecção, esses dois eixos configuram a composição de uma paisagem intervalar, resultante das relações da literatura com a geografia, mediada pelas diferentes redefinições processadas pelo sujeito que, enquanto presença, se inventa, reinventando a paisagem.



Resumo Inglês:

This article is based on the theoretical thinking of Michel Collot about the studies of the landscape, to put on evidence the efficacy of “pensée-paysage” to create the crossings, hybridisms and transits operated by the relationship between literature and other languages. In this objective, it examines poetic fragments from José Horácio Costa, Haroldo de Campos, Ana Cristina César, Manoel de Barros, Adélia Prado and Marcos Siscar to verify the productivity of two main axes of “pensée-paysage”. One axis as a perception of a rediscovery of enigmatic spaces from the subject and the other one as a replacement of a geographic representation by the landscape experience coming from the presence. So, the intersection of these two axes configures the composition of one intermediate landscape from the relationships of literature and geography mediated by different redefinitions processed by the subject over himself as well as over the landscape.