Poesia: a "máquina de guerra" do pensamento
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Poesia: a "máquina de guerra" do pensamento
Autor Correspondente: Paulo Petronilio Correia | [email protected]
Palavras-chave: pensamento, signo, diferença, gagueira, poesia
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Resumo Português:
Propõe-se este artigo articular a relação de Gilles Deleuze com a Linguagem e a Diferença para, a partir daÃ, estabelecer as principais zonas de vizinhanças e indiscernibilidades com o pensamento esquizo-revolucionário de Deleuze-Guattari e a poesia. Pensar a poesia e a Filosofia da Diferença em trânsito significa estabelecer um fecundo diálogo com a linguagem gaga de Gilles Deleuze. Escrever sobre o pensamento deleuzeano envolve uma certa dança diante da polÃtica da subjetivação, da criação e da reinvenção da vida. Implica em cartografar sua experiência literária com Marcel Proust e a natureza do Signo. A máquina literária é gaga na medida em que arrasta o pensamento para fora dos sulcos costumeiros da linguagem e a faz da literatura um delÃrio. A experiência com a Linguagem literária se dá nessa gagueira desenfreada que faz de cada escritor-poeta um estrangeiro de sua própria lÃngua. A gagueira, desse modo, é o charme da escritura e do devir-escritor. Sem charme não há vida e não há, certamente, a Diferença. O charme da Diferença é a poesia em trânsito com o pensamento e com a linguagem.