Poesia-tragédia, mimesis e filosofia

Revista Interdisciplinar de Direito

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ISSN: 15188167
Editor Chefe: Rogério Tabet de Almeida
Início Publicação: 30/04/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar

Poesia-tragédia, mimesis e filosofia

Ano: 2014 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Theresa Calvet de Magalhães
Autor Correspondente: Theresa Calvet de Magalhães | [email protected]

Palavras-chave: Semiótica filosófica, poética da narração, história, retórica, tragédia, comédia, epopeia, polissemia de logos, eidos/ethos (duas linhas de argumentação), phiolosophical semiotics, poetics of narrative, history, rhetoric, tragedy, comedy, epopeia, polysem

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao privilegiar o trabalho polissêmico de logos em A Poética, Fernando Belo acentua, na sua releitura dessa obra, a supremacia da filosofia sobre a poesia-tragédia. Contra a expulsão dos poetas da república ideal por Platão, Aristóteles reconhece-lhes um lugar ao subordinar a poesia à filosofia, a mímesis à definição da ousia. O objetivo último da Poética seria então o de criar as condições para uma aliança entre a tragédia e a filosofia. Em Temps et Récit, Ricoeur não apenas apresenta uma leitura que “temporaliza” o muthos trágico, mas redefine esse muthos, que passa a ser considerado como coextensivo da totalidade do campo narrativo. Ou seja, trata-se de uma leitura que “narrativiza” o modelo aristotélico.



Resumo Inglês:

Fernando Belo’s rereading of Aristotle’s Poetics, a philosophical semiotic exercise, aims to illustrate the epistemology of language already developed in a previous work, in 1991. Against Plato’s expulsion of the poets from his ideal Republic, Aristotle subordinates poetry to philosophy, and mimesis to the defi nition of ousia, thereby recognizing a place for the poets. The fi nal aim of Aristotle’s Poetics was then to create the condiions for an alliance of tragedy and philosophy. In Time and Narrative, Ricoeur “temporalizes” the tragic mythos, but he also redefi nes the concept of mythos or narrative emplotment in Aristotle’s Poetics making it coextensive to the whole narrative field. Paul Ricoeur’s reading of the Poetics “narrativises” the Aristotelian model.