O presente artigo objetiva analisar os percursos iniciais dos estudos da sociologia da violência sobre a polÃcia. Para
tanto, serão contrastadas, como orientações fundamentais, as perspectivas de Rosa Maria Fischer, Paulo Sérgio Pinheiro
e Antonio Luiz Paixão, desenvolvidas em estudos realizados entre as décadas de 1970 e 1980. A contribuição destas
três perspectivas será abordada levando em consideração as diferentes visões sobre a relação entre crime e pobreza e
entre direitos humanos e reforma da polÃcia. À luz deste debate inicial, serão discutidos alguns dos desenvolvimentos
de pesquisa posteriores, situando como estes estudos criam e são incentivados por um novo cenário de relações entre
universidades e policias, no qual se faz necessário pensar a própria atuação dos cientistas sociais e seus dilemas polÃticos
e metodológicos.