Este artigo analisa a tensa relação estabelecida entre polícia e trabalhadores urbanos em São Paulo na passagem do século XIX ao XX. Numa cidade marcada pela recente e acelerada industrialização, por constantes mutações urbanísticas, e sobretudo pela enorme expansão demográfica decorrente de diferentes fluxos migratórios, a polícia apresentava-se como o interlocutor mais freqüente entre a crescente população pobre e o Estado.