Dada a falibilidade do modelo repressivo de segurança pública no Brasil, tornou-se cada vez mais usual a elaboração de políticas públicas de gênese controladora, como forma de prevenção da criminalidade. Em Belo Horizonte, o programa Olho Vivo, baseado no monitoramento da região comercial do município, por meio de câmeras de segurança, retrata bem essa prática. Nesse contexto, este artigo visa analisar a legitimidade dessa medida em face do direito à intimidade no Estado democrático de Direito