A política de silêncio do problema agrário brasileiro

Estudos, Sociedade e Agricultura

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ISSN: 2526-7752
Editor Chefe: Raimundo Santos
Início Publicação: 29/10/1993
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

A política de silêncio do problema agrário brasileiro

Ano: 2019 | Volume: 27 | Número: 3
Autores: Débora Lerrer, Adriano de Almeida Forigo
Autor Correspondente: Débora Lerrer | [email protected]

Palavras-chave: luta pela terra, silenciamento, políticas públicas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo “A política de silêncio do problema agrário brasileiro” desenvolve uma reflexão em torno da marginalização do tema da reforma agrária ao longo dos anos recentes, a partir das pistas reveladas por uma rememoração local truncada, recolhida em um trabalho de campo realizado em 2016 e 2017, sobre um conflito fundiário da década de 1950, no Paraná. A hipótese do artigo é que o silenciamento sobre o problema agrário brasileiro e a consequente marginalização e fragilidade política das políticas públicas voltadas à população pobre do campo são produtos da “memória dividida” associada à forma como se produz e se reproduz a expansão do capitalismo no campo. Exalta-se o progresso trazido pelos “empresários” e, ao mesmo tempo, se expressa ambivalência com relação à violência que estabeleceu estes empreendimentos nestas regiões.



Resumo Inglês:

The article “The policy of silence of the Brazilian agrarian problem” undertakes a reflection on the marginalization of the agrarian reform theme over recent years, based on the pathways revealed by a truncated local recollection obtained through fieldwork carried out in 2015 and 2016, about a land conflict of the 1950s in Paraná. The hypothesis of the article is that the silencing of the Brazilian agrarian problem and the consequent marginalization and political fragility of peasant-oriented public policies are products of the “divided memory” associated with the way in which the expansion of capitalism in the countryside is produced and reproduced. The progress brought by the “businessmen” is exalted and, at the same time, ambivalence is expressed regarding the violence that has established these enterprises in these regions.