A Política Econômica Monetarista foi implantada no Brasil em 1995 pelo Governo FCH (Fernando Henrique Cardoso) como meio para controlar a inflação da nova moeda, o Real. Não se questiona a eficácia dessa política como medida de curto prazo para o controle da inflação. O problema é sua adoção desacompanhada de medidas de médio prazo num país subdesenvolvido e sem projetos de longo prazo. Neste caso, o que era de curto prazo vai sendo usado no médio e longo prazo, como único meio de controle da inflação, trabalhando a lei da procura e da oferta através da contenção da procura, pela elevação dos juros de mercado e desestimulando a oferta, pela menor remuneração do capital produtivo. Os resultados no médio e longo prazo é o crescimento da carga tributária para repassar ao capital financeiro na forma de juros; redução da contrapartida dos impostos na forma de serviços públicos como saúde, educação, segurança pública e infra-estrutura; crescimento da dívida interna; falta de capital para investimento na produção e na infra-estrutura e comprometimento do processo de desenvolvimento do país condenando-o ao eterno subdesenvolvimento, ou retardando ao máximo sua chegada à categoria de país desenvolvido.