POLÍTICA EXTERNA COMO POLÍTICA PÚBLICA: O PROCESSO DE “POLITIZAÇÃO” DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA NOVA REPÚBLICA

Revista Hoplos

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Editor Chefe: Danilo Sorato
Início Publicação: 01/07/2017
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciência política

POLÍTICA EXTERNA COMO POLÍTICA PÚBLICA: O PROCESSO DE “POLITIZAÇÃO” DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA NOVA REPÚBLICA

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Lucas Peixoto Pinheiro da Silva
Autor Correspondente: Lucas Peixoto Pinheiro da Silva | [email protected]

Palavras-chave: política externa brasileira, políticas públicas, análise de política externa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ideia de que a política externa deveria ser conduzida exclusivamente por estadistas e por diplomatas predominou nas Relações Internacionais por muito tempo. Juntamente, prevaleceu a divisão ontológica entre política doméstica e política externa. No Brasil, essa percepção atribuiu prestígio ao Ministério das Relações Exteriores, cuja atividade é considerada política de Estado, não de governo até a atualidade, no discurso. Na segunda metade do século XX, o campo da Análise de Política Externa começou a questionar essa divisão entre o interno e o externo. Essa nova perspectiva ganhou maior relevância após o fim da Guerra Fria, com o avanço da globalização, a criação de novas tecnologias, o surgimento dos “novos temas” e a maior relevância de atores não estatais na política internacional. Esse processo de aproximação da política externa do contexto político doméstico e de maior participação da sociedade nas definições da política tornou o estudo da política externa mais próxima da Análise de Políticas Públicas. Este artigo analisa esse processo de “politização” da política externa desde o processo de redemocratização, verificando o avanço da participação da sociedade na condução da política externa, tendo o ciclo de políticas públicas como parâmetro.



Resumo Inglês:

The idea foreign policy should be used by statesmen and diplomats has predominated in International Relations for a long time. Along with that, the ontological division between domestic politics and foreign policy prevailed. In Brazil, this perception has given prestige to the Ministry of Foreign Affairs, whose activity is considered State policy, which would be apart from domestic politics. In the second half of the twentieth century, the field of Foreign Policy Analysis began to question this division between the domestic and the external. This new perspective gained greater relevance after the end of the Cold War, with the advancement of globalization, the creation of new technologies, the emergence of new international issues and greater relevance of non-state actors in international politics. This process of approximation between foreign policy and the political domestic context and the greater participation of society in the establishment of policies made the study of the foreign policy closer to the Public Policy Analysis. This article analyzes this process of "politicizing" the foreign policy since the redemocratization process, verifying the progress of social participation in the conduct of foreign policy, taking as a parameter the public policy cycle.