Política Externa de Defesa no Século XXI Riscos e Consequências para o Brasil de um Possível Reconhecimento do Hezbollah como Organização Terrorista

Revista da Escola de Guerra Naval

Endereço:
Av. Pasteur, 480 - Urca
Rio de Janeiro / RJ
00000022290-2550000
Site: https://www.portaldeperiodicos.marinha.mil.br/index.php/revistadaegn
Telefone: (21) 2546-9394
ISSN: 1809-3191
Editor Chefe: Walter Maurício Costa de Miranda
Início Publicação: 30/09/1968
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Política Externa de Defesa no Século XXI Riscos e Consequências para o Brasil de um Possível Reconhecimento do Hezbollah como Organização Terrorista

Ano: 2020 | Volume: 26 | Número: 2
Autores: Mariana Alves da Cunha Kalil
Autor Correspondente: Mariana Alves da Cunha Kalil | [email protected]

Palavras-chave: Brasil, Hezbollah, segurança nacional

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo geral deste artigo é observar riscos e
consequências do reconhecimento, pelo Brasil, do
Hezbollah como organização terrorista. O objetivo específico
é a compreensão das questões subjacentes a pressões
internacionais por esse reconhecimento. Apresentam-se
definições de política externa de defesa, de narcoterrorismo,
do Hezbollah, além de utilizarem-se como parâmetros
aqueles países que já reconheceram o grupo como terrorista ao
lado de frustrações e lições aprendidas pelo Brasil em política
externa de defesa em outro período multipolar. Deduzem-
se, assim, riscos e consequências no âmbito da Defesa e da
Segurança Nacional do reconhecimento do Hezbollah como
grupo terrorista pelo Brasil em face de interesses geopolíticos
Europeus e dos Estados Unidos, da presença do Brasil na
UNIFIL, da importância da África Atlântica para o país
diante da crise do Golfo da Guiné e do narcoterrorismo
presente na região ao lado da pirataria, além dos riscos e das
consequências para a paz da comunidade judaica no Brasil.
Conclui-se que o reconhecimento de uma organização como
terrorista é de caráter político, devendo assim ser tratado em
uma negociação que equilibre, portanto, a vontade de fazer
o que parece moralmente correto com riscos e consequências
para os interesses de longo prazo do Estado.