Política linguística nacional na escola dos kohoroxitari

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ISSN: 1517-7874
Editor Chefe: Sulemi Fabiano Campos
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Política linguística nacional na escola dos kohoroxitari

Ano: 2015 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: Hellen Cristina Picanço Simas, Regina Celi Mendes Pereira
Autor Correspondente: H. C. P. Simas, R. C. M. Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Política Linguística, língua yanomami, Maturacá-AM

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo discutimos sobre os principais fatores que caracterizam a implementação da Política Linguística Nacional relacionada ao desenvolvimento do ensino de línguas nas escolas indígenas. Para tanto, utilizamos dados advindos de observações realizadas na Escola Estadual Indígena Imaculada Conceição, localizada na comunidade Yanomami da região de Maturacá, no município de são Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas. O marco teórico que guiou a investigação e análise dos dados pautou-se em discussões sobre as políticas linguísticas nacionais para o ensino de línguas indígenas e as reflexões que as problematizam e analisam, evidenciadas no Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (1998) e nos trabalhos de Cavalcante & Maher (2007); D’Angelis (2005), Monte (1994) e também nas contribuições sobre Política linguística de Calvet (2007), Haugen (1966) e Heinz Kloss (1967). Os resultados apontam que são cinco os fatores que dificultam a implantação da Política Linguística Nacional: desconhecimento da realidade sociolinguística da comunidade ou não levá-la em consideração durante a elaboração de projetos voltados para o ensino de línguas; letramento em comunidade ágrafa; supervalorização do ensino-aprendizagem da escrita em língua portuguesa e em língua yanomami; alfabetização sendo feita primeiramente em língua portuguesa e falta de material escrito em Língua Yanomami.