Este artigo apresenta uma nova maneira de compreender o documentário polÃtico, a partir do estabelecimento da condição histórica, tanto das relações entre o social e o polÃtico, quanto da compreensão do cinema documentário e sua correspondência com a realidade. A forma de realidade que propõe um documentário sócio-pólÃtico, ou de qualquer outro tipo, surge, em primeiro lugar, de um determinado imaginário que, através de uma trama tecno-ideológico-estética, apresenta modos de exposição a partir dos quais se estruturam os discursos sobre o real. Portanto, dar forma a um documentário, para além de uma reprodução da realidade, constitui-se também em um modo de ação polÃtica que se exerce no âmbito social. Um documentário não é polÃtico apenas por tratar de polÃtica ou por ter intenções polÃticas, mas sim por converter-se em um ato polÃtico ao falar sobre a realidade por meio de sua concepção a respeito dela. Depois de revisar, sob essa perspectiva, as distintas fases da história do cinedocumentário, considera-se que o novo documentário polÃtico posiciona-se na subjetividade para examinar as falhas de uma realidade midiática, empenhada em permanecer fingindo que atua objetivamente. A alternativa para essa situação passa pela criação de novas formas tecno-retóricas equivalentes a novas maneiras de compreender a realidade.
Este artÃculo plantea una nueva manera de comprender el documental polÃtico, a partir de establecer la condición histórica tanto de las relaciones entre lo social y lo polÃtico, como de la comprensión del cine documental y su correspondencia con la realidad. La forma de la realidad que propone un documental, socio-polÃtico o de cualquier otro tipo, surge en primer lugar de un determinado imaginario que, a través de un entramado tecno-ideológico-estético, plantea modos de exposición a partir de los cuales se estructurar los discursos sobre lo real. Por lo tanto, dar forma a un documental, aparte de un ejercicio de moldeado de la realidad, constituye también un modo de acción polÃtica que se ejerce en el foro social. Un documental no es sólo polÃtico porque hable de polÃtica o tenga intenciones polÃticas, sino que se convierte en un acto polÃtico al hablar de la realidad a través de su concepción de la misma. Después de revisar, desde esta perspectiva, las distintas fases de la historia del cine documental, se considera que el nuevo documental polÃtico se posiciona en la subjetividad para examinar desde ella las fallas de una realidad mediática empeñada en seguir simulando que actúa objetivamente. La alternativa a esta situación pasa por la creación de nuevas formas tecno-retóricas equivalentes a nuevas maneras de comprender la realidad.