Neste artigo objetiva-se problematizar aspectos dos processos de subjetivação colocados em ação por políticas educacionais de municípios que aderem aos sistemas de ensino privado. Trata de modo específico, da compra do Sistema Educacional Família e Escola (SEFE), pela Rede Municipal de Educação de Florianópolis (SC), entre 2009 e 2014. Problematizar a constituição de subjetividades pressupõe compreender que o sujeito é forjado por meio de relações de “saber-poder” que se fundamentam e se estabelecem por meio de acontecimentos históricos. Nessa perspectiva, tomam-se narrativas de oito professores que em suas escolas foram conduzidos pelos caminhos do referido Sistema. A principal ferramenta é a categoria de governamento compreendida, nos termos de Foucault, como condução das condutas alheias que objetificam as pessoas conduzidas. Se o governamento busca fabricar um sujeito que atue de forma mecânica, se autogovernando pelo SEFE, também é possível localizar indícios da vontade de os docentes serem “conduzidos” de outras formas
This article aims to problematize aspects of subjectivation processes put in action by education policies of municipalities that adhere to private education systems. It talks, specifically, about the purchase of Sistema Educacional Família e Escola - SEFE (Family and School Educational System) by Florianópolis Municipal Education Network (Santa Catarina State), between 2009 and 2014. Problematize the construction of subjectivities presupposes to understand that the subject is constitute by “knowledge-power” relations that are based and established by historical events. In this perspective, we use narratives of eight teachers that were conducted by System paths. The main analytical tool is the governance category, comprehended by Focault as a conduction of others behavior that objectify conducted people. If governance search for a subject that acts mechanically, self-governing by the SEFE, it is also possible to find evidences of the teachers’ desire about being conducted by other ways.
El objetivo de este artículo es problematizar aspectos de los procesos de subjetivación colocados en acción por políticas educativas de municipios que adhieren a los sistemas de enseñanza privada. De modo específico, se enfoca en la compra del Sistema Educacional Familia y Escuela (SEFE), por la Red Municipal de Educación de Florianópolis (SC), entre 2009 y 2014. Problematizar la constitución de subjetividades presupone comprender que las relaciones de “saber-poder”, establecidas mediante acontecimientos históricos, forjan a lo sujeto. En esa perspectiva, son presentadas las narrativas de ocho profesores que, en sus escuelas, fueron conducidos por los caminos del referido Sistema. La principal herramienta es la categoría de gobernanza, comprendida, de acuerdo con Foucault, como conducción de las conductas ajenas que objetifican a las personas conducidas. Si por un lado la gobernanza busca fabricar un sujeto que actúe de forma mecánica, autogobernándose por el SEFE, por otro es posible localizar indicios de la voluntad de los docentes de que se les “conduzcan” de otras formas.