Pontifex Maximus e monarquia inglesa: bipolarização e disputa de poderes na era elisabetana.

Revista Em Perspectiva

Endereço:
Avenida da Universidade, 2762 - Campus do Benfica, Área II, 1º andar - Benfica
Fortaleza / CE
60020-180
Site: http://periodicos.ufc.br/emperspectiva
Telefone: (85) 3366-7741
ISSN: 2448-0789
Editor Chefe: Ana Rita Fonteles Duarte
Início Publicação: 10/12/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Pontifex Maximus e monarquia inglesa: bipolarização e disputa de poderes na era elisabetana.

Ano: 2018 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: G.E.M. Mulza
Autor Correspondente: G.E.M. Mulza | [email protected]

Palavras-chave: Bipolaridade estatal-ideológica. Era elisabetana. Inglaterra quinhentista

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fundamentados no conjunto de documentos Queen Elizabeth’s Proclamation to Forbid Preaching (1558), Elizabeth’s Supremacy Act, Restoring Ancient Jurisdiction (1559) e Elizabeth’s Act of Uniformity (1559), nos tornamos aptos a problematizar o antagonismo estatal-ideológico suscitado entre a monarquia inglesa de Elizabeth I (1558-1603) e o Pontifex Maximus. A bipolaridade monárquico-pontifical fora empreendida em uma conjuntura de ascendente fortalecimento do Estado da Inglaterra, cuja consolidação implicou na notória contestação do poderio temporal papal secularmente empreendido nas ilhas inglesas. Elizabeth I antagonizar-se-ia à precedente aquiescência política e religiosa comungada pelo Pontifex Maximus, fenômeno consonante ao reformismo religioso do século XVI. A hegemonia ideológica papal permaneceria amplamente refutada na era elisabetana mediante a ratificação da doutrina anglicana, a qual rechaçara o poderio da Santa Sé nos domínios ingleses. Por conseguinte, o presente trabalho fundamenta-se na análise de tal antagonismo de poderes empreendido no transcurso da era elisabetana, usufruindo como fonte a documentação precedentemente elencada.



Resumo Inglês:

Based on the documentary framework of Queen Elizabeth's Proclamation to Forbidden Preaching (1558), the Elizabeth's Supremacy Act, Restoring Ancient Jurisdiction (1559) and Elizabeth's Act of Uniformity (1559), we become apt to problematize the state-ideological antagonism aroused by the English monarchy of Elizabeth I (1558-1603) and the Pontifex Maximus. The monarchical-pontifical bipolarity had been undertaken in a conjuncture of ascending fortification of the State of England, whose consolidation implied in the notorious contestation of the papal temporal power secularly undertaken in the English islands. Elizabeth I would antagonize the previous political and religious acquiescence communed by the Pontifex Maximus, a phenomenon consonant with religious reformism of the sixteenth century. The papal ideological hegemony would remain largely refuted in the Elizabethan era through the ratification of Anglican doctrine, which had rejected the Holy See's power in English domains. Therefore, the present work is based on the analysis of such antagonism of powers undertaken during the Elizabethan era, using as a source the documentation previously mentioned.