Pontos cantados e Omolokô: arte e cultura de terreiro

Revista Apotheke

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ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Pontos cantados e Omolokô: arte e cultura de terreiro

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: 3
Autores: Gustavo Taranto Epprecht, Francione Oliveira Carvalho
Autor Correspondente: Gustavo Taranto Epprecht | [email protected]

Palavras-chave: pontos cantados, Umbanda de Omolokô, arte/educação baseada na comunidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo analisa como as educabilidades articuladas com pontos cantados no Ilê de Obaluaê, terreiro de Umbanda de Omolokô em Juiz de Fora, MG, podem contribuir para pensar a arte/educação baseada na comunidade anunciada por Bastos (2005). Aqui defendemos que as ações educativas partam da comunidade para combater a colonialidade do saber, do ser e do poder, enquanto operações de subjugação dos povos colonizados (WALSH, 2012). Ao analisar as dimensões estéticas e artísticas de comunidades de terreiro, ressaltamos que tais dimensões são indissociáveis da vivência e dos ritos, representadas na organização visual dos artefatos sagrados, na culinária de santo, nas danças e músicas ritualísticas. Assim, ao trabalhar com as religiões afro-brasileiras, a arte/educação necessariamente deve atentar-se ao cotidiano, onde toda carga simbólica da comunidade está expressa. Esta pesquisa não foi realizada para esgotar um tema, mas sim para abrir caminhos, firmar posição e sugerir direções na encruzilhada de outras possíveis “arte/educações".



Resumo Inglês:

The article analyzes how the educabilities articulated with sung points in the Ilê de Obaluaê, Umbanda de Omolokô terreiro in Juiz de Fora, MG, can contribute to thinking about art/education based on the community announced by Bastos (2005). Here we defend that educational actions start from the community to combat the coloniality of knowledge, being and power, as operations of subjugation of colonized peoples (WALSH, 2012). When analyzing the aesthetic and artistic dimensions of terreiro communities, we emphasize that such dimensions are inseparable from the experience and rites, represented in the visual organization of sacred artifacts, in the cuisine of the saint, in the ritualistic dances and music. Thus, when working with Afro-Brazilian religions, art/education must necessarily pay attention to everyday life, where all the symbolic load of the community is expressed. This research was not carried out to exhaust a theme, but rather to open paths, establish a position and suggest directions at the crossroads of other possible “arts/educations”.



Resumo Espanhol:

El artículo analiza cómo las educabilidades articuladas con puntos cantados en la Ilê de Obaluaê, Umbanda de Omolokô terreiro en Juiz de Fora, MG, pueden contribuir para pensar el arte/educación a partir de la comunidad anunciada por Bastos (2005). Aquí defendemos que las acciones educativas parten de la comunidad para combatir la colonialidad del saber, del ser y del poder, como operaciones de sometimiento de los pueblos colonizados (WALSH, 2012). Al analizar las dimensiones estéticas y artísticas de las comunidades de terreiro, destacamos que tales dimensiones son inseparables de la experiencia y los ritos, representados en la organización visual de los artefactos sagrados, en la cocina del santo, en las danzas rituales y en la música. Así, al trabajar con las religiones afrobrasileñas, el arte/educación debe necesariamente prestar atención a la vida cotidiana, donde se expresa toda la carga simbólica de la comunidad. Esta investigación no se hizo para agotar un tema, sino para abrir caminos, posicionarse y sugerir rumbos en la encrucijada de otras posibles “artes/educaciones”.