Este artigo discute como o desafio populista pode afetar, direta ou indiretamente, o funcionamento da democracia representativa e liberal. Fora da América Latina, a Itália é um dos casos mais típicos do desafio populista ao liberalismo. De fato, nas Eleições Gerais da primavera de 2018, a maioria no parlamento foi conquistada por 2 grupos populistas: a) a Lega (17,35%); e b) o MoVimento 5 Estrelas (MoVimento 5 Stelle [M5S]) (32,68%). Aqui, a principal hipótese é de que a ideologia populista deve ser abrangida pela família maior do pensamento antiliberal. Nesse nível, a representação populista compartilha alguns pontos em comum com o fascismo. Embora a ideia de representação populista seja bem diferente daquela do fascismo, ambas se baseiam no antiliberalismo e elas têm uma tendência intrínseca ao plebiscitarismo. Ou seja, seu foco recai sobre 2 dimensões: a) as diferenças e continuidades entre a Lega e o M5S; e b) o papel assumido pelo pensamento antiliberal. A segunda dimensão se relaciona à ideia de representação e se divide em 2 outras camadas: a) como os populistas criam seu próprio público; e b) a remodelação institucional que eles propõem para impor a vontade do povo.
This article discusses how the populist challenge can affect, directly or indirectly, the way the representative and liberal democracy works. Outside Latin America, Italy is one of the most typical cases of the populist challenge to liberalism. Indeed, in the General Election of spring 2018, the majority in the parliament was conquered by 2 populist groups: a) the Lega (17.35%); and b) the 5-Star MoVement (MoVimento 5 Stelle [M5S]) (32.68%). The main assumption herein is that the populist ideology should be encompassed by the larger family of anti-liberal thought. At that level, the populist representation shares some common points with fascism. Although the idea of populist representation is quite different from that of fascism, both of them are based on anti-liberalism and they have an intrinsic tendency to plebiscitarianism. That is, their focus lies on 2 dimensions: a) the differences and continuities between the Lega and the M5S; and b) the role played by anti-liberal thought. The second dimension is related to the idea of representation and it is divided into 2 further layers: a) how the populists build their own audience; and b) the institutional reshuffle they propose to enforce the people’s will
Este artículo discute cómo el desafío populista puede afectar, directa o indirectamente, el funcionamiento de la democracia representativa y liberal. Fuera de América Latina, Italia es uno de los casos más típicos del desafío populista al liberalismo. De hecho, en las Elecciones Generales de primavera de 2018, la mayoría en el parlamento fue conquistada por 2 grupos populistas: a) la Lega (17,35%); y b) el MoVimiento 5 Estrellas (MoVimento 5 Stelle [M5S]) (32,68%). Aquí, la hipótesis principal es que la ideología populista debe estar abarcada por la familia más grande del pensamiento antiliberal. En este nivel, la representación populista comparte algunos puntos en común con el fascismo. Aunque la idea de la representación populista es bastante diferente de la del fascismo, ambas se basan en el antiliberalismo y tienen una tendencia intrínseca al plebiscitarismo. Es decir, su enfoque recae en 2 dimensiones: a) las diferencias y continuidades entre la Lega y el M5S; y b) el papel asumido por el pensamiento antiliberal. La segunda dimensión se relaciona con la idea de representación y se divide en otras 2 capas: a) cómo los populistas crean su propio público; y b) la remodelación institucional que proponen para imponer la voluntad del pueblo